DANÇA DO MAÇARICO
A
dança do Maçarico é mais um dos folguedos típicos do povo brasileiro, praticado
com maior expressividade na região Norte do Brasil. Segundo os folcloristas, o
local de origem dessa dança é o município paraense de Cametá.
Assim
como em outras festividades folclóricas da região Norte, a dança do Maçarico
reflete a relação estreita entre os componentes da floresta e as práticas
culturais. Seu nome faz menção a uma ave muito comum no Pará, o maçarico. Os
passos da dança sugerem semelhanças com o caminhar do pássaro, que usa as
pernas compridas e desproporcionais ao corpo para correr com muita rapidez.
Ainda
que concebida no Brasil, a dança do Maçarico revela também a influência
portuguesa nas práticas culturais desse país; alguns de seus passos lembram
danças dos salões da Corte de Portugal.
Sua
origem data do final da escravidão, quando começou a ser praticada por caboclos
e negros que cantavam os versos imitando as danças lusitanas (portuguesas).
Assim,
pode-se afirmar que essa dança é representante do caldeirão cultural
brasileiro, constituído através das influências culturais dos colonizadores
portugueses, dos grupos indígenas originais e dos negros africanos. Ao mesmo
tempo, a dança do Maçarico revela, com clareza, a influência das condições
presentes no meio natural na cultura de um povo. A realidade local foi
incorporada à manifestação, tornando-a singular, possuidora de características
próprias. Tais condições levaram à constituição de uma prática cultual única,
fruto da associação entre o movimento de um elemento natural e fatores
histórico-sociais.
Apresentada
em grupos de casais, seus versos são cantados pelos próprios dançantes,
geralmente puxados pelas mulheres. Tendo como referência o cadenciar da música,
a coreografia segue exatamente o que diz a letra no momento do coro; os passos
variam de pequenos saltos a passadas que acontecem de forma acelerada,
composta, ainda, por movimentos de danças portuguesas.
Os
instrumentos musicais e as vestimentas utilizadas nessa dança são semelhantes a
muitas outras práticas culturais do estado do Pará e da região Norte do Brasil,
como, por exemplo, o Carimbó. Variando muito, o figurino parece não seguir uma
regra geral, o que se vê são saias e blusas bem coloridas dando leveza e
movimento ao sacolejar das roupas, bem ao estilo nortista ritmado pelos
tambores, xique-xiques, rabecas, violões, entre outros instrumentos. Ainda que
a beleza do figurino seja relevante para as apresentações, o mais importante é
que as roupas garantam a leveza, a rapidez exigida pelos movimentos e passos da
dança, afirmando, assim, a semelhança com a ave maçarico.
A
dança do Maçarico não está ligada a uma prática religiosa ou a uma data
comemorativa específica. Sua prática ocorre em diferentes espaços e em qualquer
época do ano. Sua finalidade é o entretenimento e o divertimento daqueles que
dançam.
Essa
dança é praticada por diversos grupos folclóricos. A ação desses grupos é
responsável pela manutenção da prática cultural, bem como pelo seu
reconhecimento pelos grupos mais jovens.
MARUJADA
Trata-se de um auto
dramatizado, onde predomina o canto sobre a dança. Há uma origem comum entre a
Marujada de Bragança e a Irmandade de São Benedito. Quando os senhores brancos
atenderam ao pedido de seus escravos para a organização de uma Irmandade, foi
realizada a primeira festa em louvor a São Benedito. Em sinal de
reconhecimento, os negros foram dançar de casa em casa para agradecer a seus
benfeitores.
A Marujada é constituída
quase exclusivamente por mulheres, cabendo a estas a direção e a organização.
Os homens são tocadores ou simplesmente acompanhantes. Não há número limitado
de marujas, nem tão poucos há papéis a desempenhar. Nem uma só palavra é
articulada, falada ou cantada como auto ou como argumentação. Não há
dramatização de qualquer feito marítimo.
A Marujada de Bragança é
estritamente caracterizada pela dança, cujo motivo musical único é o retumbão.
A organização e a
disciplina são exercidas por uma "capitoa" e por uma
"sub-capitoa". É a "capitoa" quem escolhe a sua substituta,
nomeando a "sub-capitoa", que somente assumirá o bastão de direção
por morte ou renúncia daquela.
As marujas usam blusa
branca, toda pregueada e rendada. A saia, comprida e bem rodada, é vermelha ou
branca com ramagens de uma dessas duas cores. À tiracolo levam uma fita azul ou
vermelha, conforme ramagem ou o colorido da saia. Na cabeça usam um chapéu todo
emplumado e cheio de fitas de várias cores. No pescoço usam um colar de contas
ou cordão de ouro e medalhas.
A parte mais vistosa dessa
indumentária é o chapéu. Os modernos são de carnaúba, palhinha ou mesmo de
papelão, forrado na parte interna e externa. A aba tem papel prateado ou
estanhado; na lateral o papel tem várias cores; e em torno, formando um ou mais
cordões em semi-círculos, são colocadas alças de casquinhos dourados, prateados
ou coloridos e espelhinhos quadrados ou redondos. No alto do chapéu são
colocadas plumas e penas de aves de diversas cores, formando um largo penacho
com mais ou menos cinqüenta centímetros de altura. Da aba, na parte posterior
do chapéu, descem ao longo da costa da maruja, numerosas fitas multicores. O
maior número ou argura das fitas, embora não indicando hierarquia, é reservado
às mais antigas.
Os homens, músicos e
acompanhantes, são dirigidos por um capitão. Eles se apresentam de calça e
camisa branca ou de cor, chapéu de folha de carnaúba revestido de pano, sendo a
aba virada de um dos lados.
Os instrumentos musicais
são: tambor grande e pequeno, cuíca, pandeiros, rabeca, viola, cavaquinho e
violino.
As marujas caminham ou
dançam em duas filas. À frente de uma delas a "capitoa", e á frente
da outra a "sub-capitoa", empunhando aquela um pequeno bastão de
madeira, enfeitado de papel, tendo na extremidade superior uma flor. Atrás e ao
centro, fechando as duas alas, vão os tocadores e os demais marujos.
Em fila, a dança é de
passos curtos e ligeiros, em volteios rápidos, ora numa direção, ora noutra,
inversamente. Assim elas caminham descrevendo graciosos movimentos, tendo os
braços ligeiramente levantados para a frente à altura da cintura, como se
tocassem castanholas. Dançando obedecem à música plangente do compasso marcado
pelo tambor grande.
No dia 26 de dezembro,
consagrado à São Benedito, há na casa do juiz da Marujada um almoço, do qual
participam todas as marujas e pessoas especialmente
convidadas. O jantar é oferecido pela juíza, na noite desse dia. A 1º de
janeiro o juiz escolhido para a festa seguinte é o anfitrião do almoço desse
dia. Durante o ágape é transmitido ao novo juiz da festa o bastão de prata com
uma pequena imagem de São Benedito, que é o emblema do juiz, usado nos atos
solenes da festividade.
O
CAMALEÃO
Camaleão
é uma dança folclórica típica do Amazonas, do sertão da Paraíba e da zona rural
do Rio Grande do Norte. O nome da dança faz alusão ao animal que serviu de
inspiração por seus movimentos, que, encenados, lembram os do lagarto, que é um
réptil muito comum nas regiões Norte e Nordeste do país. Assim, foi no gesto de
girar usando a cauda que as pessoas observaram o feito e o adaptaram para a
dança.
A
encenação acontece aos pares nos festejos de colheita, porém chegou aos centros
urbanos pelas festas de São João, indicando o quão dinâmico é o folclore;
afinal, consegue transformar-se no tempo e no espaço, incorporando novos
elementos e evoluindo com a sociedade.
Além
disso, possui semelhanças com os fandangos sulistas, já que suas vestimentas
são constituídas de trajes tipicamente europeus da época do império, como o
uso, pelos homens, de fraque de abas, colete, culotes, meias brancas longas,
sapato afivelado e gravata pomposa. Já as mulheres trajam saias longas, blusas
soltas, meias brancas e sapatos afivelados.
Quanto
ao conjunto musical, este é formado por viola, cavaquinho, rabeca, violão, e a
coreografia acontece aos pares soltos por sete diferentes passos chamados de
jornadas. Assim, os casais em fileiras realizam passos laterais de deslize, vênias
entre os pares, palmas na mão do parceiro, troca de lugares, sapateados
rítmicos, requebros, palmeados das mulheres e dos homens entre si, ao compasso
da música e terminando com o passo inicial.
Por
ser considerada uma dança folclórica, o Camaleão é uma expressão popular, sendo
que, no Brasil, existem grandes manifestações da dança, repassadas pelos povos
de geração a geração, até os dias atuais. Pode também ser encenada por grupos
denominados parafolclóricos.
Estes
grupos que apresentam folguedos e danças folclóricas, não sendo eles portadores
das tradições representadas, organizam-se formalmente e aprendem as danças
através de estudo regular e podem assim apresentá-las em vários espaços.
CARIMBÓ
O Carimbó é uma sonoridade de procedência indígena, aos poucos mesclada à
cultura africana, com a assimilação das percussões dos negros; e a elementos de
Portugal, como o estalar dos dedos e as palmas, que intervêm em alguns momentos
da coreografia. Originalmente, em tupi, esta expressão significa tambor, ou
seja, curimbó, como inicialmente era conhecido este ritmo.
Gradualmente o termo foi evoluindo para carimbó.
Esta
dança teve sua origem no território de Belém, mais precisamente na área do
Salgado, composta por Marapanim, Curuçá e Algodoal; e também se disseminou pela Ilha de Marajó,
onde era cultivada pelos pescadores. Acredita-se que o Carimbó navegou pela
baía de Guajará, pelas mãos dos marajoaras, desembarcando nas areias do Pará,
justamente nas praias do Salgado. Não se sabe exatamente em que ponto desta
região ele tomou forma e se consolidou, embora Marapanim clame pela paternidade
desta coreografia, editando anualmente o famoso Festival de Carimbó de
Marapanim.
De
qualquer forma, esta cadência evoluiu para um formato mais moderno, inspirando
decisivamente o nascimento da lambada e do zouk. Tradicionalmente este
estilo musical era executado em tambores. Os tocadores golpeavam este
instrumento, manufaturado com troncos de árvores, utilizando as mãos no lugar
de pequenas varas. Eles eram secundados por reco-reco, viola, ganzá, banjo,
maracás e flauta. Juntos, eles conferiam ao carimbó uma musicalidade original e
voluptuosa.
Nas
décadas de 60 e 70 guitarras elétricas foram acrescentadas aos tradicionais
instrumentos, e a dança passou a receber forte inspiração de ritmos como
o merengue e a cúmbia. Ao se disseminar pela região Nordeste do país, ela
impulsionou o surgimento da lambada, que se difundiria por todo o Planeta.
Nas
apresentações do carimbó os homens vestem blusas lisas ou mesmo estampadas,
acompanhadas de calças sem estampas; eles não esquecem do lenço adornando o
pescoço, do chapéu de arumã, e os pés ficam nus. As mulheres, por sua vez,
trajam blusas que liberam os ombros e a barriga, para que fiquem visíveis, usam
inúmeros colares e pulseiras confeccionadas com sementes que florescem na
região paraense, sobre saias amplas ou franzidas, repletas de cores e estampas.
Arranjos florais são dispostos sobre as cabeças, e elas igualmente dispensam
sapatos.
A
coreografia principia com os casais posicionados em filas, e então o homem
acerca-se de sua companheira batendo palmas, sinal para que ela se considere
convidada para dançar. Elas cedem e dão início a um volteio circular,
constituindo simultaneamente um amplo círculo, movendo as saias, com a intenção
de arrojá-las sobre a cabeça de seu parceiro.
A
dança segue com uma das bailarinas lançando ao solo um lenço; seu companheiro,
dobrado para frente e com os braços jogados para trás, simulando asas, abrem as
pernas e se esforçam para apanhar o acessório com a boca, sem sair do ritmo.
Enquanto isso a moça apanha a saia com as mãos, agita-a, como se ela fosse um
peru, e todos cantam um trecho da música referente a este gesto: O Peru está na
roda chô Peru. Tudo corre como se obedecesse, portanto, a um ritual
pré-estabelecido, já memorizado por todos.
MARAMBIRÉ
Dança africana que surgiu após a libertação dos escravos segundo pesquisas ela teria evoluído dos cantos de cangadas e insulados na área do Baixo Amazonas que se pontificou em Alter-do-Chão distrito de Santarém. O Marambiré dançado em Alter-do-Chão não representa uma dança tipicamente religiosa e sim uma mistura de elementos religiosos e profanos.
Dança africana que surgiu após a libertação dos escravos segundo pesquisas ela teria evoluído dos cantos de cangadas e insulados na área do Baixo Amazonas que se pontificou em Alter-do-Chão distrito de Santarém. O Marambiré dançado em Alter-do-Chão não representa uma dança tipicamente religiosa e sim uma mistura de elementos religiosos e profanos.
A
dança do Marambiré constitui-se numa simples marcha.
A coreografia é meio complicada, o ritmo é alegre e excitante. Dança de pares com ritmo bem marcado, apresentada na festividade do Sairé(ou Çairé).
A coreografia é meio complicada, o ritmo é alegre e excitante. Dança de pares com ritmo bem marcado, apresentada na festividade do Sairé(ou Çairé).
Pela
tradição dos tocadores do Marambiré não executam a dança apenas, acompanham o
movimento dos brincantes com música de marcação bem definida. Originalmente sua
música surgiu apenas instrumentada, sem letra.
A
música era tocada em compasso 2/4 e parece revelar uma influência Afro –
Indígena. Sua letra foi escrita posteriormente, por volta de 1973 quando da reativação
da festividade do “Sairé”, por um clube de mães com ajuda de um musico, letra
essa que versa sobre as belezas locais.
Para
o acompanhamento musical, são utilizados instrumentos de pau, de corda e de
sopro como: Curimbós, maracás, ganzáz, banjos, cacetes e flautas.
INDUMENTÁRIA
Fonte: Portal do Professor.
Pau no cu do pablo vitar
ResponderExcluirMeu pau no cu d quem leu
ResponderExcluirze buseta pau no teu cu que È tu que ta falando porra parece que gosta de rola
ExcluirZe buceta é o teu pai aquele corno
Excluirvai toma em teu cu porra grande prefiro chupa uma buseta do que ler isso
ResponderExcluirSeu viadinho do caralho,vai chupar a rola de um cavalo
ExcluirAlguém quer aminha
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