Em pronunciamento nesta quinta-feira (22), o senador Cristovam
Buarque (PDT-DF) disse que, além de objetivos ambiciosos na educação, o
Brasil deve espalhar por todo o território as grandes experiências no
setor, o que só seria possível com a federalização do ensino.
Nesse sentido, Cristovam cobrou a aprovação da PEC (Proposta de
Emenda à Constituição) 32/2013, de sua autoria, que responsabiliza a
União pelo financiamento da educação básica pública. A proposta
encontra-se em tramitação na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania).
Cristovam propôs o gasto anual de R$ 9 mil por aluno, e disse que
isso só será possível com o emprego de verba federal, uma vez que há
escolas que gastam R$ 2.200 por aluno e outros estabelecimentos que
empregam R$ 51. O senador também cobrou melhorias gerais no setor, com a
adoção de bom salário para os professores, prédios bonitos para abrigar
as escolas e despertar o interesse das crianças, equipamentos modernos e
respeito.
Em seu discurso, Cristovam saudou a audiência pública promovida pelo
Senado na quarta-feira (21), que discutiu a importância da educação para
o desenvolvimento econômico do país. O senador elogiou os participantes
do debate e reiterou que a educação é fundamental para aprimorar o
conhecimento.
Os debatedores, disse o senador, mostraram que a educação contribui
para o aumento do PIB (Produto Interno Bruto), especialmente o ensino de
Matemática, que contribui para a formação de engenheiros no país, que
já sofre com a ausência de profissionais qualificados do setor.
— De cada cem jovens que entram nas escolas de Engenharia, 50 abandonam o curso por falta de base matemática, não por falta de dinheiro.
Isso tem consequências diretas na produção e no PIB, ou porque as
coisas deixam de ser produzidas, ou porque a produção fica a cargo de
pessoas despreparadas.
Cristovam disse ainda que o Brasil está “muito mal na foto” dos
países que indicam alto grau de educação, como Coréia e Chile. Ele
também criticou o fato de o país comemorar a queda do analfabetismo de
12% para 11%, mesmo sabendo que o número de analfabetos aumentou e a
população cresceu.
— Quase 125 anos depois da proclamação da república, temos hoje duas
vezes mais adultos analfabetos do que em 1889. A porcentagem caiu, mas o
número absoluto dobrou. É a comemoração do pequeno, a comemoração do
insuficiente. Estamos indo mal, apesar de estarmos indo, e nossos
objetivos são vergonhosos. Daqui a 20 anos, ainda estaremos atrás de
países latino-americanos, como Colômbia e México.
Fonte: Portal r7.
Fonte: Portal r7.
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