A anomia é um estado de falta de objetivos
e perda de identidade,
provocado pelas intensas transformações ocorrentes no mundo social moderno. A
partir do surgimento do Capitalismo, e da tomada da Razão,
como forma de explicar o mundo, há um brusco rompimento com valores
tradicionais,
fortemente ligados à concepção religiosa.
A Modernidade,
com seus intensos processos de mudança, não fornece novos valores que preencham
os anteriores demolidos, ocasionando uma espécie de vazio de significado no
cotidiano de muitos indivíduos. Há um sentimento
de se "estar à deriva," participando inconscientemente
dos processos coletivos/sociais: perda quase total da atuação consciente
e da identidade.
Este termo foi cunhado por Émile
Durkheim em seu livro O Suicídio. Durkheim emprega este termo
para mostrar que algo na sociedade não funciona de forma harmônica.
Algo desse corpo está funcionando de forma patológica
ou "anomicamente." Em seu famoso estudo sobre o suicídio,
Durkheim mostra que os fatores sociais - especialmente da sociedade moderna -
exercem profunda influência sobre a vida dos indivíduos com comportamento
suicida.
Segundo Robert King
Merton, anomia significa uma incapacidade de atingir os fins
culturais. Para ele, ocorre quando o insucesso em atingir metas culturais,
devido à insuficiência dos meios institucionalizados, gera conduta desviante.
O seu pensamento popularizou-se em 1949 graças ao seu livro: Estrutura Social e Anomia.
A teoria da anomia de Merton explica por que os membros das
classes menos favorecidas cometem a maioria das infrações penais, e crimes de motivação política
(terrorismos,
saques, ocupações) que decorrem de uma conduta de rebeliões, bem como
comportamentos de evasão como o alcoolismo
e a tóxicodependência.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia
livre.
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