Teoria esclarece a distância
segura entre dois veículos.
Exemplo da obra da Via Mangue, no Recife, é utilizado por professor.
Exemplo da obra da Via Mangue, no Recife, é utilizado por professor.
O trânsito é um dos grandes problemas da
modernidade. A paisagem se modifica pela urgência do novo tempo, que pede
túneis, terminais integrados, faixas exclusivas para ônibus e tantas outras
obras. Através dos conceitos de física, o Projeto Educação desta quarta-feira
(7) explorou os problemas com que motoristas e pedestres se deparam todos os
dias nas ruas.
No Recife, a principal obra viária da atualidade é
a Via Mangue, um corredor com 4,5 km de extensão, sem semáforos e cruzamentos,
ligando o centro à Zona Sul da cidade. A necessidade é indiscutível; o questionamento
é se as obras resolvem todo o problema.
"As obras de infraestrutura são essenciais e não podem deixar de ser feitas, como o exemplo da Via Mangue. Você tem uma obra que começou em abril de 2011 e está prevista para acabar em dezembro de 2013, um total de 32 meses. Levando em consideração que dois mil veículos são emplacados na cidade do Recife a cada mês, duas vezes 32 meses são 64 mil veículos a mais quando a obra estiver pronta. Então, ela melhora, mas não vai resolver. O que resolve é a educação", comentou o professor de física Beraldo Neto.
No Brasil, a formação de novos motoristas passa por uma autoescola. São 45 horas de teoria e outras 20 de prática. Entretanto, muitas vezes elas parecem ser insuficientes, basta observar a quantidade de infrações cometidas pelas ruas. "Estacionar em local proibido, estacionar na calçada, prejudicando a mobilidade de uma pessoa que é cadeirante, de uma pessoa com deficiência visual, estacionar na vaga de gestantes, de idosos, na vaga de pessoas que têm deficiências. Essas vagas são melhores porque deixam as pessoas mais próximas do local, melhoram a mobilidade delas", justificou o professor.
"As obras de infraestrutura são essenciais e não podem deixar de ser feitas, como o exemplo da Via Mangue. Você tem uma obra que começou em abril de 2011 e está prevista para acabar em dezembro de 2013, um total de 32 meses. Levando em consideração que dois mil veículos são emplacados na cidade do Recife a cada mês, duas vezes 32 meses são 64 mil veículos a mais quando a obra estiver pronta. Então, ela melhora, mas não vai resolver. O que resolve é a educação", comentou o professor de física Beraldo Neto.
No Brasil, a formação de novos motoristas passa por uma autoescola. São 45 horas de teoria e outras 20 de prática. Entretanto, muitas vezes elas parecem ser insuficientes, basta observar a quantidade de infrações cometidas pelas ruas. "Estacionar em local proibido, estacionar na calçada, prejudicando a mobilidade de uma pessoa que é cadeirante, de uma pessoa com deficiência visual, estacionar na vaga de gestantes, de idosos, na vaga de pessoas que têm deficiências. Essas vagas são melhores porque deixam as pessoas mais próximas do local, melhoram a mobilidade delas", justificou o professor.
Todas essas infrações interferem diretamente na
velocidade do veículo, o que pode provocar acidentes. "Qual a distância
ideal? A física trabalha com duas distâncias basicamente. Primeiro, a distância
de reação, que é o tempo de você ver o perigo e ter a atitude de acionar o
freio propriamente dito. Segundo, a distância de frenagem – quando você pisa no
freio, o veículo também não para imediatamente; ele anda um pouco até parar.
Então, a distância total para a física é a distância de frenagem mais a
distância de reação. Deixe uma distância segura entre seu veículo e o veículo
da frente para que você tenha a atitude de se livrar de um possível perigo que
possa acontecer", disse Beraldo Neto.
Dependendo da velocidade, o acidente pode ocorrer num piscar de olhos. "Quando um automóvel cruza por você com faróis altos, a sua pupila contrai para se proteger dessa grande intensidade de luz. Após esse momento, a pupila leva, em média, de quatro a sete segundos para voltar ao normal. Se você estiver trafegando a 80 km/h, em 7 segundos você vai percorrer uma distância de 155 m, sem visibilidade perfeita. Então, é outro fator de cuidado essa questão dos faróis altos diretamente no seu rosto", destacou o professor.
Dependendo da velocidade, o acidente pode ocorrer num piscar de olhos. "Quando um automóvel cruza por você com faróis altos, a sua pupila contrai para se proteger dessa grande intensidade de luz. Após esse momento, a pupila leva, em média, de quatro a sete segundos para voltar ao normal. Se você estiver trafegando a 80 km/h, em 7 segundos você vai percorrer uma distância de 155 m, sem visibilidade perfeita. Então, é outro fator de cuidado essa questão dos faróis altos diretamente no seu rosto", destacou o professor.
Outra infração é deixar o veículo na via depois de um acidente. "Quando há
uma colisão, é comum que os motoristas deixem os carros no local da colisão.
Isso prejudica muito a mobilidade", contou o professor. "Não havendo
vítimas, pela legislação de trânsito de hoje, é obrigatório tirar do trânsito
para não atrapalhar", completou a professora de auto escola Fátima Araújo.
G1 PE. Atualizado em 07/08/2013 06h53
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